Britto e Ana: Dupla admirável, caminho lamentável
Lembro-me com saudade do Hoje em Dia de 2005.
Ainda acho que aquele Programa foi a maior realização da Record “Pós-Caminho da Liderança”.
Ali, num matinal agradável e encantador, surgia uma dupla promissora:
Ana Hickmann e Britto Jr.
Ele, sub-aproveitado pela Globo.
Ela, recém-saída das passarelas.
Ambos limitados, mas… sinceros, “limpos”, sintonizados.
A coisa deu tão certo que eles ganharam um game (quem se lembra?), O Jogador, que garantiu excelentes índices no fim de noite.
O Hoje em Dia, por sua vez, havia se tornado uma Marca, um Produto com DNA próprio.
A Record havia, sem gastar quase nada, descoberto duas estrelas.
Até que o galo cantou. Refiro-me ao tal de Celebritto (vejam o nome!), o maligno mascote da Fazenda.
Mas, voltemos ao assunto:
Britto foi jogado na FAZENDA, num reality que nada tinha a ver com seu perfil.
Pagou mico. Perdeu força, moral, simpatia. E pior: Perdeu público.
Ainda em 2009, a Record perde Eliana e entrega a Ana o Tudo é Possível.
Assim, num piscar de olhos.
A moça, que dominava o sofá do Hoje em Dia, foi obrigada a dominar um palco dominical.
Foi como jogar um gatinho aos pitbulls e esperar que ele sobreviva.
O Tudo é Possível fritou uma apresentadora crua.
Oito anos depois daquele brilhante Hoje em Dia, Ana e Britto estão juntos novamente.
Junta num Programa que costuma perder para novelas mexicanas do século passado.
Ana perdeu o Tudo é Possível (cuja morte já foi anunciada).
Britto perdeu A Fazenda (cujo substituto já foi aplaudido).
À dupla, restaram os 4 pontos do Programa da Tarde.
O Programa tem potencial e pode crescer. Mas e se não der certo?
O que será de Ana e Britto?
Não os culpe por tanta incerteza.
A culpa é de quem os colocou lá
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