De acordo com a médica Lília Ribeiro Guerra, do Centro de Controle de Intoxicações do Hospital Universitário Antônio Pedro, da Universidade Federal Fluminense (UFF), há muitos casos de intoxicação, especialmente de crianças, pelo uso inadequado de Neosoro. A solução nasal foi o medicamento mais vendido nas prateleiras.
- O soro fisiológico pode ser usado à vontade. Mas quando o medicamento também contém vasoconstritor, como é o caso do Neosoro, ele pode causar pressão alta ou baixa, sonolência, convulsões, dependendo da quantidade administrada. Acontece muito de crianças ingerirem acidentalmente. É muito tóxico - explica a médica.
Lília explica que até a vitamina A pode ser perigosa se ingerida em excesso.
- Jamais deveria haver propaganda de remédio. As pessoas passam a adquirir medicamentos sem receita - afirma Lília.
Segundo a especialista, muitas vezes, os pacientes não aceitam deixar o consultório sem uma receita:
- Por exemplo, 90% das infecções são virais e não existe antibiótico para vírus. O povo fica danado, não aceita de jeito nenhum.
A Anvisa tem um serviço que orienta em casos de intoxicação. Os telefones são 0800-722-6001 ou 2629-9253 e 2629-9251.
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